Nos últimos anos o atual jornalismo tem sofrido diversas crises por causa de vários acontecimentos que ocorrem nas sociedades. A internet ocasionou um forte impacto, pois com a sua chegada caiu a procura dos veículos de comunicação impresso. Além disso, ele está sofrendo uma crise moral já que há muitas pessoas que não confiam mais em jornalistas.
Neste ano o fim da Lei da Imprensa e a desregulamentação da profissão agravaram a “falência múltiplas dos órgãos jornalísticos”. Porém, outros sintomas já detectavam sua fragilidade como o crescimento das mídias sociais, influência direta do Estado nos veículos de comunicação, a censura, redução na circulação da mídia impressa, descrédito dos consumidores etc.
A mídia tradicional precisa adequar-se a este novo cenário, pois a mídia digital está atraindo pessoas por causa da interatividade. Enquanto que num jornal impresso a opinião do público não tem muito “valor”, no on-line, através de enquetes e comentários o leitor se sente presente na formação do texto. As pessoas querem participar mais das mídias.
A crise atingiu o jornalismo no mundo inteiro, temos como exemplo os Estados Unidos que anualmente há 10% quebras nas assinaturas. Outro caso é o do jornal New York Times que anunciou que iria demitir mais de cem jornalistas já que a receita publicitária está caindo drasticamente.
Para atrair o público a televisão tem criado um novo estilo de jornalismo que consiste em misturar palhaçadas, gozação com notícias, como o programa “Custe o que Custar - CQC”. Há, também, um crescente investimento em programas sensacionalistas, que fazem o telespectador se emocionar com as estórias dando um foco exagerado na notícia, como o Brasil Urgente.
A censura, que parecia ter acabado com o fim da Ditadura Militar, é outro agravamento da “doença jornalística”. Pois, disfarçadamente, está presente nos meios, como o caso das liminares da família Sarney contra o jornal “Estado de São Paulo”. A mídia da Venezuela está passando por uma forte censura, já que Hugo Chávez já fechou várias empresas de comunicação.
Portanto, para que haja um “renascimento” do jornalismo será preciso uma adaptação ao panorama do mundo, às novas mídias digitais, ou seja, ele deve se reinventar. Além disso, deverá reconquistar a confiança da população, regulamentar novamente a profissão, tirar o poder do Estado, caso contrário caíra em um precipício sem retorno.
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